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Anselmo Heidrich

Defendo uma sociedade livre baseada no governo limitado e estado mínimo.

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Segurança Pública

O Governo do Ceará está armando contra Bolsonaro?

“Sinto-me seguro assim, não vão me fazer acreditar que as rebeliões no Ceará não foram planejadas pelo PT…”

Anda rolando aí a teoria de que o governo petista do Ceará anda empenhado em insuflar as revoltas no estado para imobilizar o governo federal, o governo Bolsonaro, porque uma vez tendo que declarar intervenção federal todas as reformas necessárias e urgentes para o país ficariam paradas e, caso seja mal sucedido, Bolsonaro será posto em cheque pela população.

E aí procede, produção?

Não, isto não passa de teoria da conspiração. O que ele diz é verdade, mas o caos existe muito antes das eleições, antes mesmo do nome Bolsonaro ser viável para qualquer coisa. As rebeliões começaram quando um coordenador dos presídios lá do MT (não sei como se chama esse cargo), responsável por enfraquecer as facções as colocou misturadas nos pavilhões diminuindo seu poder. O governador cearense iria utilizar esta estratégia, portanto não faz nenhum sentido enfraquecer as facções para fortalecê-las. E de mais a mais é muito louco isso de ferrar com o próprio estado, seu governo inclusive, o que diminuiria suas chances de reeleição só para, indiretamente, prejudicar o governo federal que, diga-se de passagem, não depende tanto assim da opinião pública cearense. Ah! As reformas… Quem esperou tanto por elas, não ficaria mais impaciente por alguns meses, ainda mais que o povão não tem a menor ideia do que vem a ser a mais importante de todas, a reforma da previdência. Sinceramente, a Direita está tão louca quanto a Esquerda de divulgar estas teorias fantasiosas.

Mas e o risco de insucesso pondo o recém eleito governo em cheque?

Quer saber? Se Bolsonaro não tiver competência para isso com todo o aparato de segurança nas mãos, com todo estado maior das forças armadas ao seu lado pede pra sair e CHAMA O TEMER DE VOLTA porque a intervenção federal do RJ sobre seu governo foi bem sucedida.

Como eu acho que o Bolsonaro conseguirá, não vejo problema nisso. É alarde de quem não se tocou que as eleições acabaram e ao invés de propor algo e cobrar deste governo só vive do passado e atribui ao PT um poder maior do que ele tem.

Sim, o PT continua um problema, mas um problema menor do que a estrutura burocrática e jurídica de nosso país, que nos obriga a extraditar um terrorista internacional direto da Bolívia, porque o nosso próprio Supremo Tribunal Federal não é de confiança.

Daí só tomando Dreher mesmo…

Anselmo Heidrich
14 jan. 19

Para que serve uma lei sobre efetivo policial?

Coisa doida… Em primeiro lugar, para que serve uma lei? Se não for para ser cumprida, no Brasil, ela apenas aponta o ideal. Ora! Para ideais temos o que se chama de ideologia! A matéria abaixo da UOL disponibiliza dados dos efetivos policiais de 26 unidades federativas do país (alguns defasados e um não disponibilizado) comparando o que seria o ideal com o que existe atualmente. Até aí normal estamos em um país com um quadro excessivo de leis e pouca ou nenhuma efetividade em cumpri-las o que nos leva a crer que seria muito melhor termos um quadro enxuto, mas com leis eficazes. Agora, o que realmente surpreendeu é que o único estado (veja, o ÚNICO) que cumpre esta lei de ideais é, aquele mesmo no qual houve a mais recente erupção de contravenção e violência no Brasil: o Espírito Santo. Realmente, como dizem, o Brasil não é para amadores.

Cf. PMs de 25 Estados não têm o mínimo de soldados previsto nas leis estaduais – Notícias – Cotidiano

RL

 

De que modo isto te atinge?

homicidios-comparadosvia All of these blue countries combined had the same number of homicides as Brazil last year [1292×691]: MapPorn

Além das balas que possivelmente nos atinjam, claro… Mas de que modo este índice absurdo foi alcançado? Pense nisso.

O total dos homicídios de todos os países em AZUL se aproxima do total de homicídios no Brasil, em VERMELHO.

Dia 19 teremos uma manifestação no Trapiche, na Av. Beira-Mar em Florianópolis em prol do armamento da sociedade civil. Em primeiro lugar porque se trata de um DIREITO DE DEFESA À VIDA, em segundo porque podemos defender as forças policiais mesmo não abdicando de nosso direito à legítima defesa, assim como queremos bombeiros bem preparados e termos extintores de incêndio em casa. Uma coisa não invalida a outra, em absoluto.

Portanto, se tu te achas responsável por defender tua vida e de quem ama, se manifeste, não deixe de ir às manifestações que ocorrerão no país neste dia 19 de fevereiro de 2017.

Nos vemos lá,

RL

 

Armas e Liberdade

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Veja os nomes e histórias das pessoas mortas na crise de segurança no ES – GLOBO.com

Em cinco dias, violência no Espírito Santo gera 85 mortes – Valor Econômico

Cidades do Espírito Santo vivem clima de “estado de sítio”, paralisadas pelo medo da violência – EL PAÍS Brasil

E por aí vai, o que já nos acostumamos a ver aqui e ali, afinal o Brasil é tão grande que nos amortecemos com esses fatos como se fosse em uma realidade distante… Mas este é o erro, o grande erro, de achar que não estamos envolvidos, que não fazemos parte dessa estrutura e por que não dizer? Doença social, anomia, deterioração do “tecido social”, como queiram chamar, mas em uma palavra: barbárie.

Não dá para negar, nós estamos falhamos como sociedade civil organizada. Quando o caos, assassinatos irrompeu por uma simples greve, informal já que esposas de policiais é que protestam contra as condições de trabalho de seus cônjuges é porque nossa dependência do estado para garantir o direito básico, universal de defesa da própria vida se tornou total. Nossas vidas foram delegadas integralmente a um aparato jurídico e burocrático, cujas corporações policiais devem decidir se nos defendem ou não.

Ora! Ninguém nega que um policial militar (ou civil) bem treinado é, a princípio mais hábil do que qualquer um de nós para agir em defesa da vida, no entanto, não é porque, analogamente, existem bombeiros que deixaremos de ter extintores de incêndio como itens de segurança em nossos lares. Então por que diabos dificultar nossas vidas quando se trata de ter nossas próprias armas pessoais? Em que sentido o Estatuto do Desarmamento contribuiu para a melhoria de nossa segurança pública? Em qual mente doentia foi concebida a ideia de que um facínora preparado para matar que inundam nossas ruas ou que são periodicamente soltos através dos Indultos de Natal ou outros regramentos ridículos como esse irá depor suas armas por causa de uma Lei? Sinceramente, querer reduzir o crime de homicídio só tem uma solução repressiva, a penalidade certeira, como leis duras para quem usa uma arma de fogo (ou outra qualquer) indevidamente, mas punir quem é ordeiro, que nunca cometeu um crime sequer tirando seu direito natural à própria defesa é um acinte à razão, uma prova de que somos dirigidos e legislados por uma camarilha de déspotas que não ligam para nosso bem mais precioso: nossas vidas e daqueles que amamos.

O que acontece no Espírito Santo, as rebeliões em presídios no Amazonas, Acre e Rio Grande do Norte, o crescimento acelerado da taxa de crimes, inclusive homicídios no Rio Grande do Sul e situações crônicas como a do Rio de Janeiro e de resto, no Brasil inteiro são provas de que o estado sozinho não consegue controlar o que cidadãos armados tem obrigação de fazer: de se defender e defender a quem amam.

Podem ter certeza que estas tentativas de nos subjugar e nos deixar nesta fogueira que é viver nas cidades brasileiras irá crescer a um ponto insustentável e poderá atingir até aqueles que hoje se julgam intocáveis. E lamentamos que quem paga inicialmente são inocentes até que um dia os legisladores se sintam ameaçados e revertam o caos que ajudaram a criar.

Se não podemos resolver a incompetência que nossos representantes políticos produzem, não nos tirem a liberdade de nos defendermos.

 

RL

 

 

Há mais fatores que compõem a equação da paz

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O que explica a violência na sociedade manauara? (Fonte da imagem: Mercado Popular).

Vale a leitura deste excelente artigo sobre a violência em Manaus, especificamente, e o Brasil em geral: O Massacre Manauara e a Guerra às Drogas – Instituto Mercado PopularInstituto Mercado Popular. Mas seguem algumas considerações sobre a complexidade do assunto, que tornam as decisões mais difíceis.

Se houvesse um plebiscito agora pela liberação de drogas como maconha, cocaína e heroína, eu assinaria a favor, mas saibam que não existe protocolo de recuperação para dependentes de crack na medicina. Mesmo assim assinaria, como vocês bem disseram porque a guerra às drogas já está perdida e que cada um cuide de sua própria vida. No entanto, não dá para passar por cima de verdades cientificamente aceitas e já que vocês citaram a biologia, há pesquisas que indicam a piora no quadro de saúde, mental inclusive quando se usa a simples (e tida como ‘leve’) maconha. Outro ponto é que quando falamos em liberdade não se pode ficar apenas na discussão filosófica sem que saibamos em que ponto isto toca a realidade prática e aí temos que recorrer à Lei… A partir de que idade, o consumo deve ser liberado? 18 anos e que tipo de droga? Todas, inclusive aquelas com alto risco à saúde? Como veem, o assunto é complexo e mesmo após liberação, a regulamentação não deixaria de ser necessária, pois proibindo-se o consumo livre para menores de idade, segundo a própria lógica econômica implícita no artigo surgiria um atraente mercado que criaria um mercado cativo (viciado) entre menores. Atualmente, na porta das escolas públicas ou mais recorrentemente nos muros laterais das escolas se alicia menores de idade com um simples e inocente narguilé. Refiro-me à crianças do 3º ano, algo em torno de 8 anos de idade. Não dá para ignorar este debate, cuja zona de sombra não encontra argumento automático no liberalismo. Outro ponto não tocado no artigo, fundamental é que toda atividade (e o consumo de drogas não se furta a isto) apresenta externalidades negativas. No caso, na saúde pública… Como liberal, eu não aceito pagar tratamento para dependentes químicos que inflarão as filas do SUS, caso seja desenvolvida tratamento de saúde específico. Uma vez que a atividade seja legalizada, este será um percurso legislativo (e eleitoreiro) bastante óbvio. Portanto, como eu disse, eu assinaria ‘sim’ no plebiscito, mas acho um grande equívoco (para liberais) aceitarem a legalização das drogas sem discutirem a privatização do SUS. Assim como já é imoral hoje em dia o que ocorre com o alcoolismo etc. Há várias outras considerações, que fica para outra hora, como acreditar piamente que a legalização do mercado diminuiria a taxa de criminalidade. Tenho minhas dúvidas… Pois a equação não se explica somente por uma lógica econômica. Aqueles que enveredaram por este mundo também o farão em outras áreas (contrabando de armas, tráfico de órgãos etc.) muito provavelmente, pois daí se foge da regulação estatal que diminui os próprios custos. Veja, a violência associada às drogas pode desaparecer, mas o agente violento por excelência só se realocará. Porque nem tudo se explica no mercado, sem a alegada antropologia do artigo, a cultura. E esta muda sim, mas não só por incentivos e reforço positivo, mas também por reforços negativos, isto é, repressão. Eu não acredito na boa vontade humana… Como vocês mesmo disseram, há uma compulsão pelo status e reconhecimento e muitos que não foram devidamente criados em uma cultura do braço forte da lei estão acostumados com este mundo, onde se lixam para o estado democrático de direito. Reiterando o meu argumento, a liberação é correta sim, mas ela é apenas um pedaço da pizza, a equação não prescinde de outros fatores.

RL

 

A cavalaria não vem a galope

O governo brasileiro tem o esboço de um Plano Nacional de Segurança Pública. Bem, antes tarde do que nunca e, em que pese o acerto de atuar mais firme nas fronteiras, por onde se traficam armas que abastece o crime organizado não há menção, na nota do Palácio do Planalto sobre o endurecimento das leis. Parece que ainda há um forte incentivo à criminalidade enquanto tivermos leis brandas no país.

Cf. Plano Nacional de Segurança Pública vai racionalizar sistema penitenciário — Palácio do Planalto

RL

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