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Anselmo Heidrich

Defendo uma sociedade livre baseada no governo limitado e estado mínimo.

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Rodrigo Janot Monteiro de Barros

A Profana Aliança: por que querem destruir a Lava Jato

É unanime a avaliação ou ponto de vista de que a liberação da prisão de Dirceu e de Eike Batista, dois próceres da década passada, funciona como contestação aos usos generalizados do instituto da prisão provisória como estímulo à delação premiada.
O que oscilam são as decorrencias disto. Dellagnol e Cia mexeram num vespeiro ao desafiar o trio Gilmar/Toffoli/Lewandowski. Como aprendizes de feiticeiro se deixaram levar por uma fantasia de onipotência que não tardaria a se revelar ingenua e insustentável (a revés do que pregam os adeptos do Antagonista). Mas não necessariamente inconsequente e irresponsável (como alegaria um Reinaldo Azevedo) pois expôs a ala podre da cúpula do Judiciário, a qual, ainda que de relance e circunscritamente, esboça o que inequivocamente seria percebido como seu instinto de sobrevivência.
A série de interesses empresariais e financeiros potencialmente tocados pela delação palocciana abrange a fina flor do “capitalismo de compadrio” brasileiro, figurões cuja estirpe transcendeu eras históricas inteiras da política nacional.
Alguns sobreviveram ao fim da colonização (1822), outras ao fim da escravidão e do Império (1888/89) e muitos à própria revolução de 1930.
Alguns, discretos, sobre os quais pouco se diz e se especula até aqui, a saber o setor financeiro da economia. Este, embora alheio à Lava Jato até aqui, é visto unanimemente por ambas as “torcidas” como cúmplice senão mentor e beneficiário da rede de corrupção sistemática e pervasiva vigente no Estado brasileiro, pois é tocado tanto pelas “10 Medidas de Combate à Corrupção” (mais especificamente a prevenção contra a Lavagem de Dinheiro), bem como pelos pedidos de Auditoria da Dívida Externa.
Contudo pouco se avançou em seu desnudamento, ao contrario do que ocorre com a cúpula do setor empresarial produtivo, ora representado pela Petrobras e pelas empreiteiras. Haveria que se imaginar que as investigações aqui, se aprofundadas e radicalizadas no mesmo sentido e direção que a Lava Jato empreendeu no segmento empresarial produtivo, nos levaria a um desfecho “islandês” para as mazelas de nosso sistema financeiro?
Esta questão não iremos responder aqui. O texto a seguir foi redigido há cerca de seis meses atrás. Como se verá o mesmo não antecipava avanços como os que hoje se verificam, como a difusão da Lava Jato para investigar corruptos e corruptores dentre os banqueiros brasileiros, bem como para evidenciar os comprometimentos e promiscuidades da Magistratura Nacional ( a saber: os affairs familiares e negociais de Gilmar com o controlador do Grupo EBX e de Janot com a OAS, depois com a JBS).
Por certo os mesmos se enquadram no enredo original do texto e mudam incrementalmente o significado que ali se buscou construir. Muito embora abalem algumas crenças, por outro lado tornam complexa as tarefas analíticas e operacionais dos que buscam extirpar a corrupção no Brasil.

Continue lendo aqui >> A Profana Aliança. A Coalizão Geral contra a Lava Jato e a Disjuntiva de Stanislaw Ponte Preta

Por Que Eu Sou Contra o “Fora Temer”

Quem vocês acham que levará a melhor com a renúncia ou cassação do mandato de Michel Temer?

O jornalista Ruy Fabiano NOBLAT explicou sucinta e precisamente. Leiam:

Lula/PT é o chefe

01/07/2017 Noblat. O Globo.

O perigo do “Fora Temer” é ofuscar o protagonismo do PT no maior processo de rapina já perpetrado ao Estado brasileiro, aliás, a qualquer Estado. A corrupção como método de governo. O PT não se conformava em enriquecer os seus agentes. Queria mais: saquear o Estado para financiar um projeto revolucionário de perpetuação no poder. Daí a escala inédita, mesmo em termos planetários. Só no BNDES, o TCU examina contratos suspeitos de financiamentos, que incluem países bolivarianos e ditaduras africanas, na escala de R$ 1,3 trilhão. Nada menos. Poucos países têm tal PIB. A Petrobras, que era uma das maiores empresas do mundo, desapareceu do ranking mundial. Deve mais do que vale. O PT banalizou o milhão, e mesmo o bilhão. As delações da Odebrecht e da JBS, entre outras de proporções equivalentes mostram quem estava no comando: Lula e o PT. Por essa razão, soou como piada de mau gosto, ou um escárnio à inteligência nacional, a afirmação de Joesley de que Temer era o chefe da maior quadrilha do erário. A ação implacável do procurador-geral Rodrigo Janot procurou reforçar aquela afirmação, que obviamente não se sustenta. Os irmãos Batista, no governo Lula , e graças a ele, ascenderam da condição de donos de um frigorífico em Goiás à de proprietários da maior empresa de produção de proteína animal do mundo, com filiais em diversos países. Tudo isso em meses. O segredo? A abertura dos cofres do BNDES, de onde receberam algo em torno de R$ 45 bilhões. Tal como Eike Tudo isso são invenções da Era PT. Temer nada tem a ver com isso. É, portanto, estranho que, diante de evidências gritantes como as que Janot dispunha sobre Lula, não tenha se indignado na medida que o fez em relação a Temer e Aécio, cujas respectivas prisões pediu. Jamais denunciou Lula ou Dilma. Muito pelo contrário. Até hoje não explicou porque destruiu uma delação premiada do ex-presidente da OAS, que comprometia Lula. Não o sensibilizaram tampouco as delações do casal de marqueteiros que, inclusive, revelaram um esquema de financiamento de campanhas em países bolivarianos com dinheiro roubado da Petrobras. E o casal deixou claro a quem obedecia: Lula e Dilma! E o Janot nada fez! E o caso do ex-ministro Aloizio Mercadante, que tentou silenciar Delcídio Amaral, que se preparava para uma delação premiada? Ofereceu dinheiro e intermediações no STF para soltá-lo. O que Janot fez com aquela fita, cuja nitidez dispensou perícias técnicas?Mercadante continuou ministro até a saída de Dilma. E o que Janot falou a respeito? Suas indignações, de fato, têm sido seletivas, dando ensejo justificado a suspeitas um engajamento criminoso pro-PT.

Para repassar maciçamente em todos os grupos e em toda a sua agenda!

Anselmo Heidrich


*Acesse o link http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2017/07/lula-e-o-chefe.html, para uma versão atualizada do artigo.

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