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Anselmo Heidrich

Defendo uma sociedade livre baseada no governo limitado e estado mínimo.

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EUA

A Defesa Geográfica dos Estados Unidos

Os Estados Unidos não enfrentam nenhuma ameaça terrestre desde o século XIX;

Seus vizinhos de fronteira na América do Norte não se aliaram nem desejam se aliar à potências rivais aos EUA;

Mais importante que a OTAN ou a presença da China no Mar da China Meridional é a relação (amistosa) dos EUA com seus vizinhos. Mesmo que possa se impor militarmente, isto tem um custo e a opção pelo soft power é óbvia;

É um erro, portanto, achar que esta estabilidade fronteiriça seja imutável e não mereça cuidados ou ser, constantemente, bem nutrida;

Um exemplo desta imprudência foi a maneira como os EUA cancelaram o acordo de instalação do gasoduto Keystone XL, importante para o Canadá. A mensagem enviada é que Washington vê o vizinho ao norte como mero subordinado e não um parceiro importante;

Outro ponto importante é a questão da imigração na qual os EUA vê o México como a fonte de seus problemas ao facilitar o percurso desses migrantes e o México, por sua vez, vê na Guatemala a fonte de seus problemas. O fato é que, independente de quem quer que tenha razão, os EUA não têm ajudado e colaborado com o México no trato da questão;

Mesmo que se alegue alguma ‘injustiça’ no sentido de repartição de custos, o que tem que ficar claro é que os EUA já ‘lucram’ com a boa relação que vinham mantendo com Canadá e México, no sentido de proteção territorial.

Confira o texto de #GeorgeFriedman:

CANADÁ, MÉXICO E REALIDADE DA AMÉRICA

Por George Friedman -9 de novembro de 2021

Como mistificar a expansão militar dos EUA

Observem:

Por fim, resumindo e voltando à discussão sobre as sucessivas derrotas americanas no período em que os Estados Unidos estiveram no epicentro do sistema mundial e do seu movimento permanente de expansão: do nosso ponto de vista, o sistema mundial é um “universo em expansão”, onde todos os Estados que lutam pelo “poder global” – em particular, a potência líder ou hegemônica – estão sempre criando, ao mesmo tempo, ordem e desordem, expansão e crise, paz e guerra. Por essa razão, crises, guerras e derrotas não são, necessariamente, o anúncio do “fim” ou do “colapso” da potência derrotada. Pelo contrário, podem ser uma parte essencial e necessária da acumulação de seu poder e riqueza, e anúncio de novas inciativas, guerras e conquistas. O que passou já ficou para trás, como se fosse uma perda de estoque que não altera necessariamente o fluxo do seu poder dirigido para frente e para novas competições e conquistas. E é isto exatamente que está acontecendo, agora, do nosso ponto de vista, quando os Estados Unidos estão realinhando suas forças, suas velhas alianças, e preparando todos os seus estados vassalos, para a disputa de poder e riqueza que já em curso dentro do novo eixo asiático do sistema mundial.

Leia o restante do artigo em: https://jornalggn.com.br/destaque-secundario/as-estranhas-derrotas-de-uma-potencia-que-nao-para-de-se-expandir-e-acumular-poder-por-jose-luis-fiori/amp/?fbclid=IwAR3FlhczKKi1BEOfjJ7Pm9wkmekoajAJGKIEM1PQBWhowJtm_lm4gbbn8zg

Acho que a indústria militar precisa dos conflitos para se manter lucrativa, mas não vejo os EUA como UM, isto é, com um cérebro e ação uniformes, concatenados, vejo o país como uma arena de conflitos e interesses, onde o Pentágono (nem me refiro ao Congresso) é um lugar de lobbies, dentre os quais, a indústria militar, claro. A análise do professor de “economia política”[*] dá a entender que as derrotas são quase que intencionais, que o que importa é gerar instabilidade para vender mais, o que é um típico raciocínio funcionalista[**], de que os efeitos são, na verdade, causas, isto é, de que guerras perdidas são a causa das operações, cujo objetivo é a instabilidade que reforça o sistema and move and on reforçando o sistema que precisa disso. Qualquer semelhança com a explicação marxista de como o Capital se reproduz não é mera semelhança. Por essas e outras que no marxismo chegamos a ler coisas como “a greve mal sucedida pode parecer ruim aos trabalhadores no curto prazo, mas é benéfica no longo prazo porque ao piorar suas condições de vida se reforça a necessidade de uma revolução contra os detentores do capital”. Quanto às guerras, claro que os EUA, de um ponto de vista clássico, perderam guerras como a do Vietnã, mas POR QUE PERDERAM? Pela superioridade bélica dos vietcongs? Claro que não e sabemos bem porque perdeu. Analogamente, o Afeganistão, onde TODOS PERDEM, mas a questão é, valeu a pena o tempo de ocupação? Sobre este caso, eu não sei dizer, mas se observarmos o arranjo federalista e o regime implantado no Iraque, podemos dizer que está pior do que a ditadura clânica de Saddam Hussein? Mesmo com todos os defeitos, eu diria que está melhor hoje, mesmo pelas razões erradas que foram alegadas (ADMs nunca descobertas no governo GWB). Agora, retrocedamos mais no tempo, a 1ª Guerra do Golfo, em 1991, não foi muito bem sucedida? As forças iraquianas foram retiradas do Kuwait e o comércio de petróleo do Golfo Pérsico assegurado. Eu não consigo ver derrota nisto, sinceramente.
Agora, se o debate for para a esfera MORAL, eu concordo que essas guerras sequer deveriam ter começado, afinal guerras gente morre, inclusive inocentes, mas daí uma crítica justa e ponderada não teria os EUA como foco, né? Ainda mais se observarmos bem, quanto tempo na História foi tomado pelos estados-nações? Uns 70 anos, mais? O que é isto em termos de História Mundial? Um mundo cuja maior parte do tempo foi dominado por impérios pode retornar, não é uma ilusão e quando vemos países como Rússia e China se imporem à diversas nacionalidades e culturas como a única fonte de ordem vigente, como ficam os EUA? Os EUA é que são a anomia, uma força descomunal que combina poder, opressão com democracia e daí os conflitos internos é que são sim a maior ameaça àquele país. Esta excepcionalidade é ignorada quando as relações externas são enfocadas, o que não poderia ser diferente, mas daí, quando se parte para a ideia de que há uma cúpula com um plano que processas as coisas de forma para gerar crises e capitalizar mais só pode ser explicado de duas formas:

  • uma bela e baita teoria da conspiração
    OU
  • um processo funcionalista do sistema que evolui teleologicamente para um fim preconcebido, a expansão do capital, ou seja, o velho marxismo, não tem outro nome.

[*] “Economia Política” é como a escola marxista chama sua visão do funcionamento da economia, capitaneada pela política, que se resume, no fim das contas, à luta de classes e suas variações (lutas entre estados ricos vs pobres, centro vs periferia, norte vs sul, esta a mais medonha).

[**] Funcionalismo é escola sociológica americana do pós-guerra (Dall, Parsons), mas cujas características se encontram na ecologia antiga (que muitos ainda usam em detrimento de formas mais resilientes e evolutivas) e também no marxismo quando, como já comentado, os fins funcionam como ‘causa’ ao serem motivadores e cujo feedback, retroalimentação do sistema, induz a novos movimentos. Isto existe na escala individual (incentivos), mas quando se adapta ao marxismo, os agentes são categorias coletivas, ou seja, as classes sociais. Daí a conhecida balela de “consciência de classe” e com ela, na prática, a manipulação decorrente de sindicatos que induzem seus membros (ou forçam) a acatar suas decisões porque, afinal, são os agentes revolucionários da única consciência que se pode ter.

Porque eu rejeito Donald Trump

Há várias razões porque rejeito #DonaldTrump, mas o principal está na política externa e na geopolítica, o que não é um problema secundário, frente à situação doméstica dos EUA. É algo fundamental ao seu desenvolvimento e equilíbrio internacional.

Escute o episódio mais novo do meu podcast:

Porque eu rejeito Donald Trump

https://anchor.fm/anselmo-heidrich/episodes/Porque-eu-rejeito-Donald-Trump-elvun8

Sinofobia, a nova doença social

Escute o episódio mais novo do meu podcast: Sinofobia, a nova doença social : https://anchor.fm/anselmo-heidrich/episodes/Sinofobia–a-nova-doena-social-el9hue/a-a3jb1sa

Coronavírus e Hipocrisia: a lentidão dos diagnósticos clínicos e o “esquecimento” dos estudos científicos

Um novo estudo sobre o início do surto do novo coronavírus na China aponta que a maioria absoluta das infecções não foi detectada naquele momento, o que não só fez os casos de multiplicarem, mas espalhou o vírus pelo país.

Os autores da pesquisa concluíram que, antes de 23 de janeiro, apenas 14% dos pacientes contaminados foram identificados e que os 86% não detectados foram a fonte de infecção de 79% dos casos confirmados de Sars-Cov-2, como é chamado oficialmente este vírus.

O estudo, realizado por cientistas da China, do Reino Unido e dos Estados Unidos e publicado na revista Science, aponta que os casos não documentados apresentavam sintomas leves ou eram assintomáticos e, por isso, não eram detectados pela vigilância em saúde.

Coronavírus: lentidão inicial em diagnósticos facilitou disseminação de vírus na China, diz estudo – BBC News Brasil

Mas o mago do Spotniks acha que a China, ou melhor, o Partido Comunista Chinês foi o RESPONSÁVEL PELA PANDEMIA, como se qualquer outro país com a estrutura que tem, pudesse conter algo assim.

Vejam aqui o que eu recebi:

É um estudo da Sociedade Americana de Microbiologia de 2007, ou seja, os americanos já sabiam algo sobre isto, e não era uma mera denúncia. Se cabe responsabilizar a China, por que também não os EUA? “Por que seria “imperialismo” interferir na condução da política interna de outro país”, me disseram. Pois então por que o mesmo não se dá quando interferem na política cambial de outro país, como a China, através da pressão econômica, elevando tarifas de importação? Ou quando bloqueiam não só seus cidadãos de exportarem produtos para países como Cuba ou Irã, por conta de suas políticas externa e interna e de segurança e defesa? Ou quando o próprio Trump, diretamente, intervém na política externa, de forma legal, tentando incentivar a Finlândia, através da Nokia, a desenvolver o 5G para barrar o avanço e monopólio chinês ou, de forma claramente inconstitucional, chantageando o presidente ucraniano para que investigue o filho de seu principal opositor político, Joe Biden, com o objetivo de prejudicá-lo nas eleições em 2022? Aí não contam a interferência, a intervenção e o “imperialismo”.

Sinto muito, isto não tem lógica. Se a própria Associação Americana de Microbiologia tinha conhecimento do fato e o governo americano não atentou para o enorme risco, foi de uma incompetência atroz. Vidas em risco, caso seja somente este o argumento, também são ativos econômicos e suas perdas, custarão muito aos mercados, como já está ocorrendo.

Está na hora de dar um basta aos desmandos do Partido Comunista Chinês, mas não com gritinhos no plenário, assim como já está na hora de alguém dizer à Trump “you’re fired!”

Anselmo Heidrich

19 mar. 2020

A Entrevista de Olavo de Carvalho ao Estadão

Olavo de Carvalho em entrevista para o Estadão diz:

“O presidente (Donald) Trump disse que tem US$ 267 bilhões esperando para investir no Brasil, eu acho que isso é muito bom. Não adianta nada dizer “ah, isso vai desagradar a China”, como disse aquele idiota do Mino Carta, “ano passado o comércio com a China nos deu 20 milhões de superávit”, muito bem. A China só fez isso porque o governo Lula e Dilma e o Temer também estavam distribuindo dinheiro para os amigos deles, os amigos da China: Cuba, Angola, Venezuela, etc: 1 trilhão. Levamos 20 milhões e distribuímos 1 trilhão. Que beleza, né? Claro que se o governo parar de representar vantagem política para a China, acaba o comércio na mesma hora. Comércio com a China é escravidão. Isso é óbvio e todo mundo deveria saber disso. Vai perguntar para o Tibet se é bom conversar com a China. Agora, para os EUA, é bom, porque a riqueza da China é quase feita toda de dinheiro americano. Outra coisa, tem gente que chega a ser tão idiota que ultrapassa a medida do acreditável.”

É o contrário, idiota. Se temos como expectativa, uma expectativa de Donald Trump investir aqui, não é o mesmo que ter poder com o comércio externo com quem quer que seja, que no caso são 20 milhões com a China (desconfio que sejam muito mais). No primeiro caso se depende de concessões, de regulamentações e de troca de favores na dependência (mercantilista) de um governo que amanhã ou depois pode não estar mais aí, no segundo, com a China, poder real devido a dependência deles em relação aos nossos produtos, notadamente, a soja. E a pauta deveria aumentar, qualitativamente.

Quanto à distribuição de recursos para países africanos e Cuba, ela seguiu uma linha equivocada na política externa, para não dizer estúpida mesmo de que o relacionamento “sul-sul” seria mais vantajoso para o país. E claro, isto provavelmente contou com uma rede de propinas e subornos que traria de volta parte dos recursos para permanência do PT no poder. Neste sentido, a indicação de Ernesto Araújo para Ministro das Relações Exteriores que pretende pôr a nu tudo isto é uma excelente notícia, mas quem pensa que a dependência e papel de fiel escudeiro dos EUA é uma “agenda de direita” não passa mesmo é de um fiel idiota.

O argumento de que a China só comercializa com o Brasil ou o faz porque vê vantagem nesta associação no apoio brasileiro a ditaduras, inclusive a Cubana não manja nada, nada nadica de nada de relações externas, muito menos de interesses de estado (imagine um acéfalo como Olavo como embaixador…), pois a China segue um roteiro imperialista pautado na acumulação de capital dirigida pelo PCCh, ou seja, são eles em primeiro lugar e sua inserção na economia africana, p.ex., é puro business, não segue pauta ideológica nenhuma. Só um completo ignorante acha que eles favorecem ditaduras de países pobres que não têm nada a dar em troca (veja a participação quase nula deles em Cuba, p.ex.).

Usar o caso do Tibet é estúpido, esta imensa região já pertencia ao domínio chinês que foi perdido com o fim do império e mudança para a república, para depois ser retomada pelos comunistas. Não justifica, não, mas se entende que é muito anterior e só um ignorante para achar que a China segue sendo maoísta. Como, aliás, assinalou o próprio chanceler indicado…

Recomendo que os súditos mentais do astrólogo aiatolavo leiam tratados e artigos mesmo falando do realismo político nas relações externas e como a China faz, muito parecido aliás, com os próprios EUA antes desses se firmarem como centro econômico mundial, centro este que tem mais de 80% dos produtos na sua maior rede de lojas de departamentos vindos da… China! Guerra entre eles? Rende bons filmes.

Guerras existirão, são o consumo de uma indústria poderosíssima, mas por procuração, como se monta no Mar da China Meridional, região disputada por suas reservas petrolíferas onde se instalam ilhas artificiais como estratégia de domínio pelo governo chinês. Apesar de toda ligação comercial da China com os EUA, Taiwan ainda permanece como forte aliada americana e não será cedida para os chineses em troca de um acordo. O Japão, milenar rival da China já requer investimentos em forças armadas e assim segue a toada, com mais arpejos da maior marinha do mundo, a americana. A China segue com suas limitações militares e tem seus imensos problemas internos. Não achem que os países, ainda mais os gigantes são todos harmônicos e de interesses homogêneos, isto não funciona assim.

 

Anselmo Heidrich

25 nov. 18

Eurocéticos : Finlândia e outros

HELSINKI (Reuters) – A Finlândia deixará a União Européia e se posicionará como a Suíça do Norte para proteger sua independência se Laura Huhtasaari, candidata presidencial do Partido Finlandês Euróceptico, tenha seu caminho.

 

Após três estupros brutais, a polícia da cidade sueca recomendou que as mulheres não saiam sós a noite. Óbvio, mas o conselho não deveria ser somente este… Sweden: After three brutal rapes, Malmö police advice women not to go out alone after dark https://voiceofeurope.com/2017/12/sweden-after-three-brutal-rapes-malmo-police-advice-women-not-to-go-out-alone-after-dark/#.Wj1CKqUxWC4.twitter

 

Novo código de conduta da União Europeia recomenda aos jornalistas não publicarem crimes cometidos por imigrantes muçulmanos e não associarem o islã ao terrorismo. Big Brother de 1984 (G.Orwell) em plena ação… União Europeia pede aos jornalistas para não publicarem crimes cometidos por imigrantes muçulmanos | Renova Mídia https://shar.es/1MRbaj

 

Aqui, o relatório da U.E.: https://www.respectwords.org/wp-content/uploads/2017/10/Reporting-on-Migration-and-Minorities..pdf

 

Países europeus, sobretudo os da Europa Central, com menos recursos e economias menos dinâmicas, mas mais expostos à onda imigratória procuram se proteger das levas de refugiados e migração ilegal: Eslováquia, Hungria, Polônia e República Checa investem milhões para proteção das fronteiras da UE | Renova Mídia https://shar.es/1MRbGQ

 

Enquanto isso, a U.E. dirigida principalmente por economias mais poderosas como Alemanha e França querem enviar milhares de imigrantes para países pacatos como a Finlândia… Países da União Europeia querem enviar milhares de imigrantes ilegais para Finlândia | Renova Mídia https://shar.es/1MRbwX

 

Candidatos a presidência, como a finlandesa que defende a retirada do país da União Europeia não crescem a toa no continente. No centro do debate, a questão migratória (foto acima).

 

Obviamente, partidos e líderes que se opõem a esta centralização da U.E. e sua política migratória são taxados de “extrema direita” por defenderem a volta da autonomia de seus países… Líderes europeus da direita radical se reúnem em Praga – ISTOÉ Independente https://istoe.com.br/lideres-europeus-da-direita-radical-se-reunem-em-praga/#.Wj1ICcFZehA.twitter

 

Outros países já não admitem mais este tipo de acordo que suplanta sua autonomia em função de determinações da ONU e da UE… US pulls out of UN’s Global Compact on Migration: official http://www.business-standard.com/article/pti-stories/us-pulls-out-of-un-s-global-compact-on-migration-official-117120300066_1.html#.Wj1ImJKZQps.twitter

 

Lembre-se que a UE é mantida porque interessa a determinados grupos, mas isto pode mudar… Metade dos alemães já questionam a eficácia do Euro: Half of Germans Want to Scrap Euro, Bring Back Deutsche Mark – Breitbart http://www.breitbart.com/london/2017/12/18/half-germans-want-bring-back-deutsch-mark/

 

 

Anselmo Heidrich

Por que existe nazismo na Ucrânia?

Ucraina, parlamentari e ministri del regime in parata con i simboli delle squadracce naziste. Dove sono i mass media? – World Affairs – L’Antidiplomatico http://www.lantidiplomatico.it/dettnews-ucraina_parlamentari_e_ministri_del_regime_in_parata_con_i_simboli_delle_squadracce_naziste_dove_sono_i_mass_media/82_21792/

Eu já tinha lido sobre a influência e ligação dos ucranianos com o Nazismo. Isto não se justifica, evidentemente, mas se explica… Desde a Revolução Bolchevique que os ucranianos são submetidos aos russos. um antigo anarquista – Nestor Makhno – foi traído por eles após ter ajudado a derrubar o czar e os russos brancos – mencheviques. Durante o Pós-Guerra vigorou a máxima “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”, logo, os nazistas como inimigos dos comunistas (representados pelo poder russo) passaram a ser vistos com simpatia. Lembremos também que aquela área, em menor proporção do que o Cáucaso ou os Bálcãs sofre com o avanço islâmico que é a situação perfeita para o ressurgimento da xenofobia e ideias de pureza racial. Toda migração em massa leva a um tipo de reação xenófoba, mas quem misturou propositalmente os povos na antiga URSS? Se pensou em Stalin acertou. Esta era a chamada “política do liquidificador”, de misturar os povos acabando com suas antigas identidades tradicionais para criar o “novo homem” do comunismo, mas que na prática foi uma reedição da estratégia imperialista “dividir para reinar”. O que temos hoje é um reflexo do passado que tinha sido amortecido/ocultado nos anos de Gorbatchev e Ieltsin, mas que agora com o refortalecimento da potência sob os governos de Putin/Medvedev/Putin em que se (re-)marcou a presença da Federação Russa, não só na Ucrânia, mas também em outros países da periferia da antiga URSS que estão sob pressão de Moscou. O papel americano em sentido contrário é fazer exatamente a mesma coisa que fizeram durante a Guerra Fria e quando digo “fizeram”, não me refiro apenas aos EUA, mas também à URSS. Seja quando esta financiou os vietcongs contra os EUA na Indochina, seja quando os americanos financiaram os afegãos, particularmente o taleban (que apoiou Bin Laden mais tarde) contra os soviéticos. Este é o “Grande Jogo”, como era chamado durante a Guerra Fria e que durante alguns poucos anos tivemos a ilusão de que tinha sido deixado para trás. Só que agora com um detalhe nada desprezível, a entrada da China e de parceiros menores na corrida armamentista já “quase socializada” em termos de potencial nuclear (o difícil ainda é a balística de levar o artefato até o destinatário).

Quanto à participação de Israel neste imbróglio, eu não tenho conhecimento. Tenho sim de sua atuação em relação à Síria, contra o Irã etc. E quanto a participação do megainvestidor George Soros, também desconheço, mas me chama muito atenção que tanto Esquerda quanto a (Nova) Direita o tenham como inimigo comum. Isto tem uma explicação lógica para mim, suas operações financeiras requerem um enfraquecimento das soberanias e tanto no que vingou se chamar de Esquerda ou de Direita a partir do século XX é, fundamentalmente, estatista.

 

Bom dia,

Anselmo Heidrich

Por que o Sudão se tornou um aliado dos EUA?

The Economist explains: Why America has lifted sanctions on Sudan https://www.economist.com/blogs/economist-explains/2017/10/economist-explains-7?cid1=cust/ddnew/email/n/n/20171010n/owned/n/n/ddnew/n/n/n/nla/Daily_Dispatch/email via @TheEconomist

Esse é o tipo de notícia que nossos partisans ideológicos deveria ler e ver se captam alguma coisa. Ouvi e li muito que “com Trump seria tudo bem diferente”. Pessoal, até certo ponto, ATÉ CERTO PONTO podem haver mudanças, realmente, mas há temas sensíveis que isto simplesmente NÃO ocorre não porque o presidente – @POTUS – não quer, mas porque ele não pode, porque ele não consegue. Tentou-se diminuir o fluxo de imigrantes muçulmanos, principalmente aqueles relacionados de alguma forma à atividade terrorista e neste caso estava o Sudão. Este país sofria embargo econômico desde o governo Clinton por ter dado guarida à terroristas, entre os quais Osama bin Laden e depois foi reforçado pela guerra civil e genocídio praticado contra os sudaneses do sul (“infiéis”, isto é, não muçulmanos). Mais tarde, com a mudança política, colaboração contra o terror e amenização nas relações com os vizinhos, parceria na exploração de petróleo com a China, colaboração no controle migratório para a Europa etc., o país saiu da lista de não gratos para sofrer sanções novamente com o Governo Trump. Mas, UMA VEZ QUE Cartum, a capital do Sudão decidiu colaborar contra o regime norte-coreano se tornando um aliado contra Kim Jong-un com o qual se aventa ter mantido relações estratégicas no passado (compra de armas), o olhar de Washington sob o governo Trump mudou novamente.

Lembre-se, por mais potência que você seja, o domínio é uma constelação de interesses e articulações. Sempre existe um cálculo econômico no domínio geopolítico e ninguém faz procurando o caminho mais difícil ou caro. Trump está aprendendo e mudando COMO TODOS os outros, descendo do palanque e sentando à mesa de negociações.

Anselmo Heidrich

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