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Anselmo Heidrich

Defendo uma sociedade livre baseada no governo limitado e estado mínimo.

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Escola Sem Partido

Leandro Narloch acerta sobre o Escola Sem Partido

Leandro Narloch​ acerta sobre o Escola Sem Partido​. E a Esquerda tem tudo para ajudar o projeto a emplacar… COMO?! Sim, exatamente! Pois ao negar que o problema existe — o viés gritante e casos de assédio moral com base em discursos e posturas político-partidárias em sala de aula -, os grupos de Esquerda e professores irão ajudar a fomentar os argumentos da Direita que quer sua aplicação. Agora, é uma tolice não ver os limites do projeto que não conseguirá desenvolver programas que contemplem a diversidade de pensamento porque o mesmo se limita a uma “agenda negativa”, isto é, na condenação do que discorda e não apresenta propostas de como isto deveria ser, concretamente. E para aqueles pais e cidadãos indignados com a doutrinação pergunto antes se:

1. Você sabe o que é “doutrinação”?

2. Você tem noção de que o próprio ensino da Teoria da Evolução, por exemplo, dentro desta perspectiva já pode ser considerado como “doutrinação” por quem discorda dela?

Quem acha que isto é procurar pelo em ovo tenho a dizer duas coisas, para começo de conversa…

1. Escolas com mantenedores religiosos rejeitam a Teoria da Evolução (eu mesmo já fui preterido em uma por causa do capítulo Eras Geológicas que queriam que fosse encaixado em apenas 3.000 anos);

2. Qualquer pensamento político adverso à própria Esquerda será alvo da claque de Esquerda que poderá denunciar o professor por “doutrinação” também.

Apoiadores do Escola Sem Partido tem que estudar os conteúdos antes de darem pitaco no que ignoram. Opinem, critiquem, sugiram, mas ANTES estudem.

E mesmo que o projeto fosse bem sucedido naqueles casos de propaganda e ataque explícitos como temos visto em vídeos (para isso já tem lei), a doutrinação fina, não perceptível a primeira vista, sutil continuará campeando porque:

1. Falta diversidade e liberdade curricular;

2. Falta diversidade na formação do professor que teríamo com liberdade na formação de cursos superiores.

A chave, meus amigos está em mais liberdade e não na mera restrição ou censura.

Por isso, muito melhor do que um #EscolaSemPartido é a #EscolaSemEstado.

Anselmo Heidrich
22 nov. 18

Cf. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/11/esquerda-precisa-dar-resposta-consistente-ao-escola-sem-partido.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=comptw

Veja o que diz Viviane Senna

“Sim, eu já tinha dito que o grande desafio era a educação básica e a aprendizagem. Apresentamos um estudo para mostrar os principais desafios de aprendizagem e as alavancas críticas para poder destravar esse cenário. A questão que eu quis ressaltar foi a da alfabetização. O Brasil não resolveu isso em 500 anos de história, estamos no século 21 e metade das crianças brasileiras são analfabetas. É inaceitável. Minha proposta é que a principal bandeira desse governo seja a alfabetização, não a reforma previdenciária ou trabalhista. E alfabetizar todas as crianças brasileiras nos próximos quatro anos. Todos os países do mundo começaram por aí. A segunda coisa é a figura do professor. O que a evidência mostra é que 70% da aprendizagem do aluno está ligada ao professor”[1].

Ela sabe que “crise na educação” é “crise na qualidade do professor”. Se o cara não motiva, não ensina. Só tem um pedaço faltando nesta pizza…

Agora veja o que ela diz mais adiante:

“Mas qual a sua opinião sobre o projeto Escola sem Partido, defendido por Bolsonaro?

“Precisamos de uma agenda que vai resolver o problema do País. Existem dispositivos legais para quando há partidarização, devem ser trabalhados com a lei que já existe. É desnecessário isso, criar mais uma lei. A minha proposta é que se substituísse essa pauta, que não impacta a aprendizagem, para uma pauta que impacta.”

Espertíssima! Ela não descarta a punição para quem faz apologia político-partidária em sala de aula, mas ao contrário de querer criar mais uma lei que gera oposição, ela sutilmente diz que isto já está em vigor.

Quanto ao “pedaço da pizza que falta” te digo o seguinte, eu já trabalhei com ensino fundamental (6º ano, antiga 5ª série), séries (ou anos) subsequentes (7º, 8º, 9º) e, especialmente, ensino médio, ensino superior em escolas públicas e particulares e, de todos os lugares, o melhor modelo, o que melhor ensina, o que cobra (e muito) do desempenho do professor, eu não falei:

O ensino pré-vestibular.

Por que ele é tão bom e funciona bem?

1 — Paga melhor e,

2 — Mais importante, atrai os melhores profissionais,

3 — É competitivo,

4 — O professor não está numa redoma, é criticado, cobrado, mas também elogiado quando merece,

E algo pouco notado:

5 — Não tem a maléfica influência do MEC.

Se estes princípios, com pequenas adaptações de conteúdo e método forem adotadas, o ensino melhora. MAS SÓ ESPERO QUE NÃO ENTENDAM ERRADO!

E por “entender errado” é cair na bobagem de dizer que tem que aumentar o salário de todos os professores… NÃO, NÃO E NÃO!

Por uma simples razão:

O AUMENTO DEVE ESTAR CONDICIONADO AO DESEMPENHO

Só assim, a Educação irá melhorar.

Anselmo Heidrich

17 nov. 18

___________

[1] ‘Não podemos voltar atrás na base curricular’, diz Viviane Senna https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/nao-podemos-voltar-atras-na-base-curricular-diz-viviane-

Sobre o Projeto de Lei Escola Sem Partido

Uma vez que não há nada melhor, o PL do ESP é uma alternativa para defesa dos alunos, MAS…. ELE É CLARAMENTE INSUFICIENTE. Pois há maneiras mais sutis e perniciosas, pois não são claramente detectáveis de como manipular e doutrinar alunos. Para maior esclarecimento ouça meu áudio sobre o assunto:

https://soundcloud.com/anselmo-heidrich/um-mea-culpa-a-pobreza-do

Outro ponto, QUE DEVERIA SER CLARO PARA QUEM FEZ O PROJETO é que a Esquerda que doutrina hoje nas escolas FARÁ UM BOM USO DESTA LEI TAMBÉM. Ué? Como?? Fácil… Qualquer professor que conteste uma asneira escrita por autores do MEC (que são quem? Doutrinadores) será acusado por colegas que irão fomentar seus alunos doutrinados a denunciá-lo (leia o projeto de lei e veja que ele se baseia numa formação de provas muito falha, a mera denúncia através de um dossiê). Pau que bate em Chico também bate em Francisco. Vocês duvidam que este cenário possa se formar? Ahá… Assim como duvidam então que essas “ocupações de escolas” (invasões, na verdade) foram induzidas por professores?! Claro que foram! Então colegas, o projeto é uma alternativa, mas muito POBRE. Ouça o áudio para maiores esclarecimentos do QUE DEVERIA SER FEITO.

Infelizmente, me parece que os autores do projeto não sabem ouvir críticas construtivas…

Anselmo Heidrich

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