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Anselmo Heidrich

Defendo uma sociedade livre baseada no governo limitado e estado mínimo.

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ensino

Por que as escolas militares são melhores do que as normais?

Minha resposta a Por que escolas militares são melhores que escolas normais? https://pt.quora.com/Por-que-escolas-militares-s%25C3%25A3o-melhores-que-escolas-normais/answer/Anselmo-Heidrich?srid=n4EX2

A resposta é simples: disciplina. As pessoas contestam dizendo que não é preciso ter disciplina militar para gerir um bom sistema de educação. É verdade, mas a questão não é essa, o problema não é que as escolas militares têm uma disciplina rígida, o problema real é que as escolas civis (públicas e privadas), regra geral, não tem nenhuma disciplina

E não adianta vir aqui com afirmações de pedagogos, assistentes, administradores ou até professores que não têm autocrítica, basta visitar as escolas sem anunciar para ver que professores que querem dar aula (ao contrário de muitos) não conseguem faze-lo sem gastar 15 minutos ou mais chamando atenção de seus alunos. Este não é um fenômeno só brasileiro, pode se observar mundialmente, mas o fato de termos uma epidemia de indisciplina em nossas escolas se explica pela confusão conceitual de tratar ensino e currículo como educação. Não são, são coisas bem diferentes, embora complementares. 

Leve teu filho a um curso de artes marciais e se surpreenda que os seus professores gastam minutos explicando conceitos de convivência para que os alunos não se transformem em meros pit-boys querendo sair batendo nos outros nas ruas, que defesa pessoal compreende um conjunto de valores de respeito aos outros. Professor de verdade professa verdades. Isto é fundamentalmente diferente do conceito pobre de instrutor de ensino criado por pedagogos para retirar poder do professor e que agradou aos políticos e legisladores que no passado viram aí uma fonte de economia de recursos… 

Como? Sim, exatamente. Quando os alunos não sofrem sanções pelo comportamento inadequado, como suspensões e, no limite, expulsões acabam sendo inseridos em um programa de “Progressão Continuada” (já ouviram falar? também conhecida como “aprovação automática”) no qual, exceto em raríssimos casos, não repetem de ano. Ou seja, o sistema criado ao longo dos anos por leis educacionais que não têm nada de educativas levou os professores militantes de utopias pedagógicas a acreditar que assim os alunos tomariam consciência. Ora! Como se conscientiza um aluno que é premiado pelo mau comportamento ao passar de série ou ano sem fazer nenhum esforço como o bom aluno? E como você acha que esse bom aluno seguirá se esforçando ao ver que os mal comportados, indisciplinados e vadios têm o mesmo resultado positivo? 

Caro, quem tem que “tomar consciência” somos nós. Só reconhecendo este cenário é que vai se compreender porque os resultados e indicadores dos alunos brasileiros em matemática e português são tão baixos. Erroneamente, nossos analistas e pesquisadores veem a ponta do iceberg e daí, seu titanic governamental já afundou. Em se tratando de escola pública, o MEC não dá conta, as secretarias de ensino estaduais e, principalmente, as municipais é que têm de fazer o serviço com regras próprias. Paralelamente a isso, as escolas privadas também podem absorver alunos carentes com vouchers, ao mesmo tempo que suprimem a legislação anacrônica do MEC e do ECA, verdadeiros atrasos para quem quer que o sistema realmente funcione. 

Com medidas assim, talvez levemos duas décadas ou menos para começarmos a ver bons resultados em escolas privadas e públicas, para alunos de diferentes faixas de renda sem que caiamos mais no discurso enganador de que “não dá para lutar com isso porque as ‘condições sociais’ não permitem”. Essa conversinha é de sindicalista que acha que aumentar salário resolve a “crise na educação”. Cascata! Esse é o mesmo raciocínio de quem acha que aumentar salário de funcionário corrupto acaba com a corrupção crônica. Sem disciplina e sanções adequadas, nada vai para a frente.

Anselmo Heidrich

9 mai. 19

“Cursos Livres” não são submetidos à legislação do MEC

Bolsonaro divulga vídeo de aluna que filmou professora em aula https://oglobo.globo.com/sociedade/bolsonaro-divulga-video-de-aluna-que-filmou-professora-em-aula-23628113?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

Se se tratar de um curso privado, seja ele preparatório para vestibular ou concurso público, a denúncia da aluna deve se dirigir ao mercado e não a sua judicialização. Não há nada que o Ministério da Educação deva fazer, nem é esse seu papel. Se o atual ministro Abraham Weintraub for ingerir nisto será o equivalente ao ministro Sérgio Moro continuar julgando casos da Lavo-Jato.

Mas o mercado é mais eficaz e rápido do que a judicialização, ele é melhor. Basta que a direção do curso e seus mantenedores tomarem conhecimento de que isso trouxe repercussão negativa e talvez perda da clientela que rapidinho eles dão um jeito na professora-manipuladora.

Sobre a aula em si, é possível sim, perfeitamente ensinar e dar sua opinião sem deixar de ser justo, isto é, colocar outras visões em pauta para que os alunos possam refletir e quiçá, optar por sua visão própria ou até construir alguma a partir de um mix de opiniões. Por que não?

Mas o que ocorre não é isso, nós sabemos. Vira puro proselitismo político-ideológico em nome da mera da “liberdade de cátedra”. Claro que isso não é uma aula desejada por quem tem interesse em aprender alguma coisa para passar numa prova, mas cabe a esses alunos irem protestar diretamente com o coordenador e depois, rápido para não perder o calor do momento chamar atenção de seus superiores e donos da empresa.

Se queres mudar algo mesmo tens que ser “o chato”. Se ficar acomodado aí porque não queres ser mal visto, não reclame depois quando teus sucessores, herdeiros e filhos saírem por aí quebrando lojas, agências e queimando ônibus ou viaturas.

É aí que começa a loucura dos nossos tempos: em nossa omissão.

Anselmo Heidrich
29 abr. 19

Fonte da imagem: O Globo.

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