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Anselmo Heidrich

Defendo uma sociedade livre baseada no governo limitado e estado mínimo.

Categoria

(In)Justiça

A pandemia tem um culpado: a China?

Isso isso… Eu sou um criminoso chamado “China”, ok? E a principal vítima depois da minha amiga chamada “Itália” foi eu mesmo, o “China”… ÔPS! Como eu posso ser o autor e a vítima do crime? Questão de linguagem, mas não a realidade dos fatos, pois quem comete é alguém e um país não é alguém, mas um conjunto. Conjunto ou coletivo de pessoas que pensam e AGEM diferentemente. Jornalistas e médicos presos por divulgar e denunciar o que aconteceu foram chineses, eles foram culpados também? Então, não seja idiota ao culpar um país inteiro, dê nome aos bois e troque este título ridículo demonstrando um mínimo de respeito pelas vítimas.

Sobre: A pandemia tem um culpado: a China https://epoca.globo.com/larry-rohter/a-pandemia-tem-um-culpado-china-1-24315628?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar


Imagem: “China Grunge Flag” (fonte): https://www.flickr.com/photos/80497449@N04/7378023376

O MST e Eu

Quando eu tinha 18 anos, no início do meu curso de Geografia, na UFRGS visitei o acampamento do MST, na Fazenda Annoni, próximo a Passo Fundo, RS. Aquilo era o embrião do que seria um pólo nacional de um dos mais influentes movimentos sociais da política nacional, o que não é necessariamente um elogio porque não explica que tipo de influência se trata. Antes de migrar filosófica e ideologicamente, eu, como a maioria dos jovens de nossa geração tínhamos desprezo pela ditadura no poder e ignorávamos solenemente a história do país, exceto aquela contada maniqueisticamente por nossos professores… De História. Então é claro que ao visitar o acampamento de sem-terras, nós fomos com o olhar totalmente enviesado, mente doutrinada e sentimento condicionado.

O acampamento me impressionou, pois vi um nível de limpeza que não via em outro lugar. Os cães de guarda (sim, eles tinham um esquema de vigilância) não andavam soltos e, os que vi, ficavam na corrente. Também vi escolas e postos de saúde e perguntei de onde tinha vindo dinheiro — de fora, de grupos, associações no estrangeiro — foi a resposta. Mais tarde entendi perfeitamente o porquê, com o nível de ingerência da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e diversas campanhas internacionais que a era da internet nos mostra, já dá uma ideia do que ocorria nos bastidores em que não participávamos, embora com menos velocidade e interação múltipla do que ocorre em nossas páginas e sites de hoje em dia.

Sabe… Quando Paulo Freire, Frei Betto, Leonardo Boff e todo esse pessoal se aproximou da Esquerda, este foi um presente dos céus (ou dos infernos) para ela. Sem o apelo religioso, nada disso teria atingido o sucesso que conhecemos. Quer, portanto, achar um grande culpado por nosso estado de coisas não olhe apenas para a CUT, o PT e os sindicatos, mas para os padres de esquerda. Foram eles que permitiram este salto quântico na força da esquerda latino-americana. Como uma força de reação a evangelização missionária dos americanos, a Igreja Católica se repaginou se vestindo com as cores, uniforme, boina e discurso automático dos companheiros de Fidel.

Só para ilustrar um fato curioso desta época, quando estive no acampamento da Fazenda Annoni, as crianças de lá me seguiam e riam, pois nos anos 80 não era comum ver um sujeito com cara de hippie e cabelo até a cintura no interior. Daí, em meio ao alvoroço ouço uma dizendo “judeu!” Quase brinquei respondendo “judeu não, só ateu!”, mas deixei quieto. Vai que me chutam de vez dali. Na época achei estranho, mas depois entendi claramente, as aulas deles eram doutrinação explícita e a “visão social” associada à religião precisa de um bode expiatório. Até chegar no Capitalismo e a “zelite”, a doutrinação começa culpando os judeus por tudo que há de ruim no mundo. E vocês sabem onde isso acaba…

Quando migrei para S. Paulo para ingressar no mestrado em geografia na USP, me afastei gradualmente desse pessoal de Esquerda. Quanto mais eu convivia com eles, mais me dedicava a conhecer visões alternativas e opostas. O resto da história é conhecida de muitos, de esquerdista se passa a moderado e depois a anti-esquerda. Hoje migro para o equilíbrio moderado novamente devido ao crescimento de estupidez que vejo nos extremistas, mas isto fica para outro artigo.

Com o tempo, o MST se expandiu e agregou mais militantes que não tinham raízes, nem conhecimento, nem experiência na atividade agrícola. Ou seja, eram “sem terra” tanto quanto eu e você. Mas a rigor, como se definia um “sem terra”? Alguém que trabalhava na agricultura e não tinha mais propriedade ou nunca teve? De Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST ficou mais conhecido pela sigla e não pela pureza de sua causa, também equivocada, diga-se de passagem. Porque não é importante ter terra, mas sim ter renda, trabalho e a maneira de obtê-la pela atividade na terra é uma visão condicionada por uma atividade do passado.

Aprendi a repetir muitas mentiras de meus professores, como arrendatários e empregados rurais terem pior condição de vida do que posseiros, como se o simples acesso à terra para trabalhar te elevasse a uma condição de vida superior. O que é um mito, o mito da “terra liberta”. Com o tempo, o MST se tornou uma indústria, a “indústria dos títulos de propriedade” adquiridos em conluio com agentes do estado que criaram critérios de produtividade que não condiziam com a realidade rural. Em um país com a 5ª maior extensão territorial do planeta, se briga pelo acesso a terras trabalhadas por quem chegou primeiro e que muitas vezes não tem seu título de propriedade por razões óbvias, a burocracia dificulta. E é claro que em um país de insegurança jurídica como o Brasil, a população se arma na medida do possível, os conflitos e choques são compreensíveis, mas não justificáveis. A ausência do estado e de leis corretas induz ao conflito e ele acontece.

Com a maior Reforma Agrária do Ocidente já feita no governo FHC (os petistas foram medíocres perto dele), a pobreza no campo não diminuiu, pois não há mais espaço para o sonho de uma agricultura de subsistência onde o produto excedente vale cada vez menos. Isto é condenação a morte por inanição a prazo. E o agricultor não o percebe, mas o líder do MST sim. Essas lideranças de movimentos usam e abusam deles com manifestações e cobrança de parcelas dos subsídios governamentais para seus assentados. Só que os governos doam dinheiro no primeiro ano de assentamento, depois cobram 20% de volta aumentando essa parcela gradualmente com o passar dos anos. E o MST é contra isto, é contra a inserção do assentado no mercado, como um produtor normal que toma crédito e paga por ele. Quando o MST fala em “ampliar recursos” entenda como “não pagar dívidas”, pois os recursos já existem. E nunca são suficientes.

O que não se divulga (e a oposição ao PT foi trouxa de não explorar o fato) é que há uma grande evasão de terras para assentados. Como a maioria dos sem-terra hoje já não tem mais nada a ver com agricultura, o pobre ou remediado das periferias urbanas preenche o exército de reserva para os movimentos sociais. São perfeitamente manipulados e tomam parte nisto porque há um claro incentivo governamental para tanto. É um jogo em que produtores reais perdem e pagam o pato pelos outros, oportunistas.

Colocados na parede, MST, sindicatos, teólogos de esquerda, “da libertação”, deputados e senadores petistas, professores universitários, estudantes que não estudam, artistas que não leem, toda essa horda irracional só terá uma saída: endossar a violência e o caos, pois já perderam na racionalidade.

Mais histórias tenho para contar e elas virão…

Anselmo Heidrich

18 ago. 2018

A Inveja como Fator Histórico

Por conta do meu penúltimo texto, sobre a Suécia, eu recebi um comentário:

As elites as quais a esquerda se refere são os verdadeiramente ricos, os que dão as cartas, não á classe média que compra carro e casa á prestação e pensa que é elite. As cotas são um meio ineficiente de diminuir o gap social entre etnias historicamente desprivilegiadas, escravizadas no caso do Brasil. Isso é diferente de imigração, portanto, o problema sueco é completamente diferente. Lá existia um equilíbrio que foi quebrado com a imigração, no Brasil nunca houve equilíbrio a ser quebrado. A sociedade sueca sempre foi igualitária até a chegada dos refugiados, enquanto a sociedade brasileira foi construída em torno da desigualdade, com base na mão de obra escrava, de uma escravidão que foi abolida sem levar em consideração as massas de desempregados que veio com ela. O problema sueco está na incapacidade de fazer prevalecer a sua cultura, enquanto o Brasil precisa consertar erros do passado pra que sua cultura seja construída de forma igualitária. Não gosto de cotas, penso que essas perpetuam a desigualdade, mas reconheço que algo precisa ser feito pra mudar essa condição, pra que no futuro possamos nos orgulhar de ter construído uma sociedade justa…

Antes de mais nada, independente do teor da crítica ou comentário, eu aprecio o tipo que ataca o conteúdo e não apela para a forma ou desvirtua denegrindo seu oponente. Eu discordo do comentário acima, em quase tudo, mas o ponto é que vale a pena discutir com gente assim. Simplesmente, vale a pena, pois se aprende mutuamente ou, se no limite, não se aprende com o ponto de vista adverso, se aprende ao tentar rebuscar nosso argumento. Então vamos lá…

Quem são os ricos que a Esquerda destesta?

A Esquerda se refere a ricos, ricos sim quando pensa em termos marxistas, como uma classe detentora dos meios de produção extraindo a mais-valia de outra, ou seja, explorando-a. Mas isso que está fundamentalmente errado, pois não há uma classe com posse de meios de produção necessariamente com maior renda que aqueles que não os têm. Por duas razões: a composição e o modo como as classes se estruturam mudou bastante desde a época de Karl, hoje em dia nós temos muito mais gerentes e grandes acionistas que dividem seus investimentos em vários fundos sem, necessariamente, deter os meios de produção de grupos industriais, agrícolas ou extrativistas específicos. Em se tratando de Brasil, a burocracia governamental ou para-governamental tem muito mais poder e dinheiro do que empreendedores privados, o que denota que este terceiro elemento, o estado não é levado na devida conta pelos marxistas (basicamente porque Marx não tinha uma Teoria do Estado). Veja aqui quem pertence a posição dominante na estratificação social brasileira:

Elite estatal ocupa 6 das 10 profissões mais bem pagas @estadao: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,elite-estatal-ocupa6-das-10-profissoes-mais-bem-pagas,10000081214

Por outro lado, os esquerdistas de hoje estão mergulhados de tal forma em um mar de ignorância e imbecilidade que seus argumentos (se é que se podem chamá-los disso) beiram o puro preconceito e antipatia irracional. O caso mais conhecido é de Marilena Chauí, professora de filosofia da USP e típico exemplo de elite estatal, muito bem remunerada, diga-se de passagem. Vejamos o que ela diz:

https://youtu.be/svsMNFkQCHY

Entre outras asneiras, a professora opõe a classe média aos “trabalhadores”, como se ela própria não fosse constituída, majoritariamente, por membros da População Economicamente Ativa (P.E.A.), isto é, trabalhadores de fato. Marilena Chauí perdeu uma maravilhosa chance de calar a boca e demonstrou toda sua ignorância em (a) termos marxistas, pois as classes médias não faziam parte do “motor da história”, não executavam a exploração, nem eram exploradas; (b) em termos conjunturais, pois contradiz a própria alegação auto-meritória de seu partido, o PT, que diz “ter aumentado a classe média brasileira” ao colocar milhões de brasileiros no mercado consumidor com seu Bolsa-Família:

35 milhões de pessoas ascenderam à classe média https://exame.abril.com.br/brasil/35-milhoes-de-pessoas-ascenderam-a-classe-media/ via @exame

Muito embora, a incorporação dessas dezenas de milhões a um estrato social intermediário tenha sido mais a um estratagema estatístico do que à distribuição de renda compulsória:

Depois de inventar a classe média dos R$ 300, PT está prestes a declarar oficialmente o fim da miséria que, a rigor, já não existia. Veja como e por quê https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/depois-de-inventar-a-classe-media-dos-r-300-pt-esta-prestes-a-declarar-oficialmente-o-fim-da-miseria-que-a-rigor-ja-nao-existia-veja-como-e-por-que/ via @VEJA

As cotas raciais criam uma elite entre negros, pardos e indígenas

Até do ponto de vista esquerdista, que se apoia basicamente na ideia de transferência de renda, as cotas raciais para serviços públicos ou universidades é um anacronismo. Em primeiro lugar porque no Brasil, pardos não são minoritários. Então, as cotas seriam para a maioria e não para um “grupo desprivilegiado”. Para ser coerente com seu propósito, negros, pardos e indígenas teriam que somar cerca de 12%, como é nos EUA, de onde foi importada a ideia. Em segundo, quando se facilita a entrada desses grupos em universidades concorridas, se privilegia negros, pardos e indígenas que já concluíram o ensino médio, ou seja, justamente aqueles que já se encontram melhor situados do que a imensa maioria que sequer termina o ensino fundamental. Estes, especificamente, não têm nada, não ganham nada e ainda têm que sofrer com um lixo de ensino, haja vista as péssimas colocações que a educação brasileira alcança em rankings e avaliações internacionais. Portanto, se quisessem, realmente, melhorar a condição de vida desses “desprivilegiados”, o ensino básico (fundamental e médio) é que deveriam ser melhorados, muito. Nada disso é feito porque, entre outros problemas, teria que se brigar com uma categoria organizada e extremamente avessa às mudanças formada pelos professores.

Ainda dentro da perspectiva de Esquerda, calcada na redistribuição compulsória de renda, se fosse para atingir resultados mais tangíveis e não estimular o preconceito e retórica racista de “eu sou negro”, “seu mérito e sucesso são herdados da exploração que seus antepassados cometeram contra os meus” ou argumentos similares, as cotas sociais seriam mais eficazes. Mas aí, nem sempre pardos, negros e indígenas seriam os maiores beneficiários. Basta pensar que em estados como Santa Catarina, com maioria absoluta de brancos, os pobres deste grupo é que seriam os mais atingidos por tais programas.

O passado de riqueza da Suécia pode não ser suficiente para garantir sua prosperidade

Muitos acham indevidas as comparações entre a violência étnica na Suécia após a inundação de sua população por refugiados e imigrantes. Deixe-me explicar um coisa, comparar é justamente o que se faz com realidades diferentes para se avaliar causas, processos e resultados similares e/ou distintos. Se procurássemos só realidades próximos estaríamos equiparando, o que não é o caso entre Brasil e Suécia. É claro que as causas da violência neste e naquele país são pra lá de diferentes, ninguém negou isto! O que se tem que avaliar é que há processos similares, quer seja pelo “garantismo jurídico” que trata bandidos como “vítimas sociais” aqui no Brasil, quer seja pelo ressentimento que povos de Primeiro Mundo têm com relação aos imigrantes por vê-los como “vítimas históricas” na Suécia e na Europa Ocidental, o resultado é um: o recrudescimento da violência.

Pode ser diferente? Sim, pode. Mas para tanto, imigrantes e pobres não têm que ter privilégios e benefícios têm que estar computados em um processo de crescimento intelectual e pessoal, isto é, como estudos garantidos para incorporação no mercado de trabalho. O resto da vida cada um resolve e desenvolve como quer, desde que não se agrida quem pensa diferente. Portanto, se a tua religião — ou a maneira como interpreta sua religião — atenta claramente contra o modo de vida do país que o recebeu ou se tua posição na escala social dificulta seu crescimento profissional e qualidade de vida, tu só pode ter um caminho: o trabalho independente com respeito às demais culturas todas sob a mesma lei. Se não for assim, meu caro, volte para o buraco de onde veio.

E, ironicamente, o que está na raiz disto tudo é uma forma inconfessa de elogio, a inveja. Quando eu invejo alguém, eu queria ser esse alguém, mas como não posso, quero destruí-lo. É isso que está na raiz de toda essa violência.

Abraço,

Anselmo Heidrich

16–08–2018

Esquerdas + Direita Vs. Convivência

Imagem: thespruce.com

A Esquerda que eu conheci era revolucionária, acreditava que todo e qualquer rico enriquecera expropriando os demais, que a “culpa” pela pobreza existir era por um esquema, sistema de soma zero, se alguém ganha é porque alguém perdeu, mas a Esquerda contemporânea é pior, ela parte do princípio de que mesmo não tendo uma relação de exploração instaurada, a desigualdade é imoral e para restabelecer esta moral, a expropriação dos ricos tem que se dar. A antiga Esquerda condenava a exploração, a atual endossa a exploração em sentido contrário. No que uma certa Direita coaduna com ambas as Esquerdas? Quando alguns direitistas acham que uma elite global, que alguns ricos mantém outros povos, com seus ricos, pobres e remediados em situação de pobreza relativa. A solução para estes vira então, um belo e pomposo discurso com polpa nacionalista, mas cuja semente não passa de protecionismo, isolamento e medo. Esta é a raiz do sentimento anti-imigratório em países que se formaram e desenvolveram com a imigração. Esta é a raiz do pré-julgamento contrário e negativo sobre uma empresa global, cujo criador e principal detentor expressou opinião simpática a uma Esquerda (ainda que moderada). O que os une não é senão um sentimento de fraqueza que não trata todos por igual, sobretudo se o que “o outro” crê é algo distinto de mim. Para estes pseudo-liberais que falam em “censura” não existe o questionamento de quando se pode censurar alguém, pois nós o fazemos todos os dias em nosso ambiente privado. Ambiente PRIVADO, difícil entender? Sim, para muitos, as regras valem só para os outros. Para quem realmente defende a Liberdade, ela vale inclusive para quem quer se manter um idiota, desde que seja com sua própria vida, em seu próprio espaço e em sua própria EMPRESA.

Agora lembre-se, o raciocínio que guia a Esquerda contemporânea, dita Pós-Moderna de que devem existir cotas para “minorias” — mesmo que pardos sejam maioria em nosso país e haja mais mulheres que homens, estes são exemplos de “minorias” na novilíngua — é o raciocínio de quem acha que deve regular um espaço público. O que você espera que irá acontecer quando a regulação de um espaço privado pelos seus descontentes for sacramentada? Todos os espaços de convivência terão interferência alheia por força de Lei. Vai vendo, mas se depois vier chorar aqui, eu devo dizer “eu não te avisei” ou “VTNC”?

Anselmo Heidrich

30–07–2018

Fernando Holiday Vs. Ciro Gomes

Que a ameaça de Ciro, caso eleito é um absurdo, um acinte ao estado de direito não resta dúvida, mas o caso em si é uma falácia. Por acaso a direita também se rendeu ao politicamente correto? O que há de racismo em chamar alguém de “capitão do mato”? Há sim um argumento tosco aí, típico de quem não tem argumento. Isso deveria ser explorado para atacar Ciro Gomes e não ficar tolhendo sua liberdade de expressão que convenhamos, o candidato tem todo o direito de bancar o idiota. Caso não tenham percebido, este processo contra Ciro Gomes é análogo ao feito contra Bolsonaro por este ter se referido aos negros em arrobas. Ora, todos nós pesamos e podemos ser mensurados em quilos, arrobas etc. Não há racismo aí também. O que temos hoje em dia é uma verdadeira síndrome de mimimi, até parece que vivemos em um novo período geológico, o Mimioceno… Se criticamos um negro, tudo vira racismo; se criticamos uma mulher, tudo vira machismo; se criticamos um gay, tudo vira homofobia e assim por diante. Disto tudo só posso concluir que o autor da ação, “Fernando Holiday” é ignorante ou um oportunista porque sabe muito bem o que está fazendo e tenta capitalizar politicamente em cima da estupidez de Ciro? Fica a dúvida, a insegurança e a certeza de que candidatos que falam demais e que temem demais não merecem meu voto.

Cf. Ciro Gomes ataca promotora que abriu inquérito por injúria racial contra ele https://www.boletimdaliberdade.com.br/2018/07/18/ciro-gomes-ataca-promotora-que-abriu-inquerito-por-injuria-racial-contra-ele/

Anselmo Heidrich

18–07–2018

Tudo tem Limite

Imagem: Venezuela Political Crisis host.madison.com via @madisondotcom

Tudo tem limite. Pessoal da Esquerda quer criticar e detonar Bolsonaro, Amoedo, Rocha etc. podem ficar a vontade, mas defender o regime implantado na Venezuela é um absurdo. O que ocorre lá só é menor em grau do que já ocorreu na Alemanha Nazista, na antiga URSS, na China de Mao, no Camboja de Pol Pot, mas segue o mesmo princípio. E tomara que não, mas pode chegar aos pés desses se não houver um meio de parar a sanha de Maduro e Companhia, dos chamados “bolivarianos”. O que ocorre no país é mais do que uma “crise humanitária”, é um genocídio, a fome como política, um Holodomor Sul-Americano.

Aos que ainda se julgam de Esquerda, o que acham de justificar os mais de 15.000 mortos no Chile por seu atual sucesso econômico? O que acham de justificar os mais de 30.000 executados na Argentina por seu combate ao Comunismo? Não há justificativa, certo? Então por que é TÃO DIFÍCIL dizer o mesmo para a Venezuela atual? Por quê?!

Anselmo Heidrich

Incêndio em São Paulo: a Responsabilidade dos Movimentos Sociais

Alguns excelentes comentários coletados na Internet sobre o edifício que desabou com moradores trancafiados no Largo do Paissandu, centro de São Paulo:

 

Algumas informações sobre a invasão do Edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo, que desabou na madrugada de hoje em decorrência de um incêndio:

– Famílias pagavam ALUGUEL no valor de R$150,00 a R$400,00 aos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM). Quem atrasava o pagamento, era expulso do local.

– O fornecimento de água só ocorria na madrugada, sob fiscalização dos coordenadores.

– Uma das regras da invasão era a proibição da entrada e saída de pessoas a partir das 19h. No local, havia um coordenador que trancava a porta principal do prédio. Um cárcere privado, basicamente.

– No momento do incêndio, a porta principal estava trancada e o tal coordenador não deu as caras. Um dos moradores quebrou a porta e só assim, o restante das pessoas puderam se evadir do local.

– Falando em coordenador, haviam dois deles na invasão. Quando o fogo começou, eles fugiram em >carros<, que estavam estacionados na garagem do próprio prédio.

– Este post está sendo publicado às 14:34 e até o momento, o prefeito e o governador de São Paulo e até o Presidente da República estiveram no local, mas NENHUM representante de qualquer movimento social compareceu no local. Mas o Guilherme Boulos já soltou notinha no Twitter.

No final das contas, descobrimos da pior forma possível como um movimento sem teto pode ser rentável para os seus líderes, que estão cada vez mais gordos e com iPhones da última geração na mão, fazendo lives no Facebook a fim de mostrar como o socialismo é bom e que o Lula é inocente.

Enquanto isso, famílias perdem tudo e seus parentes morrem nos escombros.

Parabéns a todos os canalhas envolvidos.

M.

 

Em virtude do último post publicado por mim, que trouxe uma imensa repercussão inesperada (ainda bem!), trago aqui as fontes solicitadas de tudo o que falei na publicação mencionada para que possam consultar e comprovar tudo o que escrevi (para enfiar onde quiserem o papo de que publiquei “fake news”). Há links com outras informações também:

– Famílias pagavam aluguel de R$150,00 a R$400,00. FONTE: https://veja.abril.com.br/…/moradores-de-predio-que-desabo…/ / http://sao-paulo.estadao.com.br/…/geral,moradores-do-predio…

– Fornecimento de água só ocorria de madrugada, portão fechado às 19h e morador que arrombou a porta durante o incêndio. FONTE: https://m.oglobo.globo.com/…/moradores-de-predio-que-desabo…

– “Se você não pagar a contribuição, esses caras pegam você na madeira”, diz morador. [vídeo do SBT, by Gabriel Pinheiro] FONTE: https://twitter.com/GABRlELPlNHE…/status/991465830759256069…

– Coordenadores tiraram os carros da garagem e se evadiram do prédio logo após o início do incêndio [relato em vídeo de um morador] FONTE: http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2018/05/01.html…

– Como funciona a indústria da ocupação em São Paulo: https://www.oantagonista.com/…/como-funciona-industria-da-…/

Pronto. Aí estão as fontes solicitadas. E na foto abaixo, o recibo de uma das famílias dos aluguéis pagos para os coordenadores da invasão.

No momento deste post, a publicação anterior ultrapassa as 20 mil curtidas, 16 mil compartilhamentos e os 4 mil comentários. E da hora do post até aqui, apareceram mil novos seguidores neste perfil.

Tenho recebido diversos elogios pelo texto e agradeço. Críticas também, o que é normal. No entanto, vários comentários são ofensivos e caluniosos, e eu já estou em comunicação com o meu advogado para verificar esses comentários e, se for o caso, acionar os responsáveis judicialmente. (Até ator da Globo me xingando rolou).

Aceito tranquilamente as críticas, mas calúnias, difamações e ofensas JAMAIS passarão numa boa.

No mais, agradeço a todos por novamente, acreditarem no meu trabalho e comprometimento com os fatos ocorridos.

Que Deus abençoe vocês e interceda pelas vítimas dessa triste tragédia.

Nando Castro

 

SERÁ?

 

1) Dono de prédio que não consegue mais alugar suas unidades tem prejuízo para manter seu imóvel desocupado.

2) Ele convida uma ONG de sem-tetos para invadirem seu prédio.

3) Sem-tetos invadem prédio vazio e entram com pedido de usucapião.

4) Prefeitura declara prédio “de interesse social” e o desapropria mediante pagamento de indenização para o proprietário.

5) Proprietário entra na Justiça para revisar o valor da indenização e ganhar mais.

6) Sem-tetos vão ficando e transformam o prédio invadido em mafuá.

7) Corpo de Bombeiros vistoria o imóvel e decreta que ele não tem condições de moradia e que pode sofrer incêndio a qualquer momento. Desocupação é recomendada.

8) ONG de sem-tetos levanta liminar na Justiça para deixar moradores no prédio condenado.

9) Quando não pega fogo ou desaba, prédio é finalmente “comprado” pela Prefeitura, que o doa à ONG invasora por convite.

10) Indenização é paga ao antigo proprietário, que racha a bufunfa com a ONG.

Parabéns! Você acaba de aprender como funciona a indústria das ocupações, que somente na região central de São Paulo já possui cerca de 150 prédios.

Victor Grinbaum

 

 

Pra não dizerem que sou radical e não apoio movimentos sociais, vou dar uma dica ao MTST. 
Existe um imóvel de 400m², instalado em um terreno de 720m², desocupado, na Rua Paula Ney, 446, Vila Mariana-SP, avaliado em mais de 2.800.000 reais. 
A construção, da década de 70, faz parte do espólio do pai de um rico médico infectologista. Um legítimo membro da burguesia, da elite. 
Esse médico, por acaso, é o Dr. Marcos Boulos, pai do “sem-teto” Guillherme Boulos, o socialista nascido em berço de jacarandá que vos manobra. Mas ele não vai se importar. Afinal, é contra a propriedade privada. Não é? 
Tudo em nome da “revolución”!

A Criança de Pavlov

Quando se expõe uma criança à filmes violentos desde cedo, sem algo mais adequado a sua idade, ela não tem maiores chances de usar a violência como linguagem? Tem e isto é uma forma de condicionamento.

Quando se berra com uma criança por qualquer erro previsível para sua idade, ela não tem maiores chances de crescer berrando para se comunicar e quando estiver descontente? Tem e isto é uma forma de condicionamento.

Quando se concede tudo ou quase tudo que uma criança quer porque ela faz ‘manha’, ela não irá fazer manha, o que significa manipular o adulto e amigos para conseguir algo? Irá e isto se formou através do condicionamento.

Quanto esta mesma criança no mundo externo às paredes de seu lar (ou o que se pode chamar como tal) não obter resultados que almeja através da mesma manha apreendida ela não irá se frustrar? Irá e isto por que ela não aprendeu a lidar com adversidades de tão condicionada que foi a um comportamento só.

Quando eu minto constantemente para uma criança para me furtar aos meus compromissos (não beber mais até cair) ou às minhas promessas (brincar ou passear com ela naquele dia), alguém ainda acha que ela não fará o mesmo com seu irmão, com seu amigo ou com a professora? Irá por que aprendeu muito bem com quem mais lhe influenciou na vida, o pai e a mãe e através do melhor método, o exemplo, no caso, o péssimo exemplo de condicionamento.

Quantas vezes na vida desta criança, quando estiver crescendo e se tornando adulta você acha que ela não irá manipular e mentir por que foi condicionada a isto? Inúmeras vezes. E inúmeras vezes isto ocorrerá no ambiente profissional, na vida conjugal, no lazer, em um simples jogo com amigos porque ela não soube como fazer diferente. Ela não teve o seu tempo para aprender de modo livre, pois desde o início foi condicionada como uma cobaia.

Seus amigos terão uma criança birrenta e egoísta, mas a julgarão como um adulto mesquinho porque o canalha do pai ou a imbecil da mãe não a educou, mas simplesmente a condicionou. A condicionou como um cão que põe o focinho em uma alavanca por ração. Pavlov teria orgulho disso, não fosse pelo fato de que alguns fazem isto em nome da Arte e não da Ciência e com Crianças e não com Animais….

Quando condicionamos crianças que ainda nem despertaram para o sexo a tocar órgãos genitais alheios que trazem prazer para alguns adultos que gostam de crianças desta forma perversa não estamos as educando para a arte, para a vida ou para o que quer que seja, mas simplesmente as usando para fins para lá de egoístas através de seu condicionamento. Regimes totalitários fazem isto e fizeram abundantemente isto (Mao Tsé-Tung que o diga).

Este tipo de condicionamento é exatamente o oposto de deixar alguém decidir, no seu devido tempo, que rumo, preferência, orientação, dê o nome que quiser, é exatamente o oposto de deixá-la seguir sua vontade.

Instigá-la a tocar adultos em zonas erógenas sem que elas tenham a mais breve noção do que isto pode proporcionar a alguns tipos de pessoas e de que forma elas estão sendo adestradas para um uso inconsequente (porque não podem arcar com as consequências de seus atos) não é preservar sua liberdade, mas torná-las escravas de dementes que não passam de escravos de seus desejos. Escravos ao ponto de não entenderem que ser civilizado é mais do que seguir regras coercitivas, mas respeitar outra pessoa sem querer enganá-la através da mentira explícita ou do condicionamento covarde que não dá chance de reação.

É nojento ver que algumas das pessoas que se mostrariam mais indignadas com um assédio, que fazem um escarcéu por terem recebido cantadas de pedreiro são totalmente insensíveis àqueles que não têm chance de se indignar, de se defender porque tiveram suas consciências deformadas desde tenra idade, porque foram tratadas como verdadeiras cobaias.

Se ainda é cedo para chamarmos isto de Engenharia Social, não é para mostrar como se monta um laboratório de experimentos sexuais criando cobaias com mentiras como iscas. Iscas… Ou você acha que há um nome melhor para o “vamos brincar de nos tocar”?

Os frankfurtianos quiseram ir além da luta de classes e foram; a New Left endossou isto e seus resultados colidem como ondas tardias em nossas costas. Ou permitimos que esta erosão acelere ou barramos isto tudo. Para quem conhece as figuras utilizadas nesta parábola sabe que diques são insuficientes. É necessário atacar o olho do furacão. E este se encontra nas universidades.

Como se acaba com esta força? Um furacão tem um centro de baixa pressão… Então coloquemos mais pressão, coloquemos nosso ar lá dentro. Coloquemos NOSSA gente dentro das universidades olhando eles nos olhos confrontando-os, apontando o dedo na cara deles. Eles estão impunes lá dentro, arrotando besteiras, cagando a b** deles nas salas de aula sem confrontação.

Eu quero enfrentá-los, quero desmascará-los. E vocês? Quem me apoia? Quem me convida a ir encará-los?

A questão não é mais quando alcançaremos este nível, mas quem quer atingir este nível de confronto agora?

Sem mais condicionamento de incapazes, sem crianças como cobaias.

Boa noite,
Anselmo Heidrich

 


Imagem: treinodecaes.pt

A noite escura da amoralidade

Anselmo Heidrich

 

A criminologia se apoia em varias ciências para descobrir seu objeto de estudo, o crime. Entre elas está a biologia e a sociologia, das quais derivam diferentes correntes de pensamento. Em sua meta de compreender as causas do crime, a criminologia se distingue do direito penal que, por sua vez, é normativo. Mas, divergências a parte, me parece faltar um pedaço da pizza nesta historia toda… Se a criminologia pressupõe o estudo da sociedade para compreender o comportamento delituoso, temos que admitir a moral ou comportamentos orientados por padrões morais como constitutivos das sociedades. E a moral é claramente normativa, sendo uma base da justiça e, por extensão, do direito. Não levá-la em conta tem como produto (direto) o crime, que começa na imoralidade. Por essa razão temos a sensação que comunidades menores, em priscas eras, havia uma maior estabilidade e repressão espontânea, realmente social e não só estatal ao crime. Portanto, dizer que “tudo é relativo” leva ao universo sem referências onde o próprio estudo das leis perde todo seu sentido. Vejamos esta bizarrice aqui:

Os grupos conservadores, liberais (no sentido brasileiro), cristãos, judeus sionistas etc. têm-se limitado a opor à hegemonia revolucionária nas universidades o combate intelectual, a “guerra cultural” ou “luta de idéias”. Apostam nisso o melhor das suas forças. Mas é estratégia absolutamente impotente, pois o que está em jogo não é realmente nenhuma “luta de idéias” e sim uma luta pela conquista dos meios materiais e sociais de difundir idéias – coisa totalmente diversa. Você pode provar mil vezes que tem a idéia certa, mas, se o sujeito que tem a idéia errada é o dono das universidades, da mídia e do movimento editorial, o que vai continuar prevalecendo é a idéia errada. (…)

A luta pela ocupação de espaços pode comportar uma parte de debate político-ideológico, mas tem de ser uma parte bem modesta. O essencial não é vencer as “idéias” do adversário, mas o próprio adversário, pouco importando que seja por meios sem qualquer conteúdo ideológico explícito. Trata-se de ocupar o seu lugar, e não de provar que ele está do lado errado. Isso se obtém melhor pela desmoralização profissional, pela prova de incompetência ou de corrupção, pela humilhação pública, do que por um respeitoso “debate de idéias” que só faz conferir dignidade intelectual a quem, no mais das vezes, não tem nenhuma. Obviedades estratégicas- Olavo de Carvalho

Aqui temos um Olavo de Carvalho reciclado, maquiavélico agora, uma vez que parece não ter logrado grande coisa com sua cruzada lá na Virgínia… Bem, o que está errado no raciocínio dele? A desconsideração de que os grupos que, atualmente, mais nos influenciam culturalmente começaram no campo das ideias, quase que exclusivamente. E eles eram essencialmente professores que, por sinal, continuam ganhando mal e não sendo proprietários dos meios de produção intelectuais, dos quais Olavo clama pela tomada. O caso é que a ideologia se estendeu, atingindo esferas antes não contaminadas, como é o caso do domínio legal do qual falávamos mais acima. Os grupos que não tinham estratégias claras para obtenção dos recursos materiais tinham o que efetivamente? A força das idéias e muito embora eles não sejam os líderes ou gestores desse processo revolucionário, o corpo de doutrinas esquerdistas está sim no topo da agenda política e jurídica do país (estatizações, direito alternativo, relatividade da propriedade, anticapitalismo etc.). Bem ou mal, a força, o sustentáculo deles foi uma visão apoiada em seus valores morais. Ora, se jogarmos isto fora, esta âncora de ideais que nos mantém vivos na tempestade de dúvidas que é a busca pela compreensão das sociedades, não temos nada. Simplesmente, nada.

Então deixemos a dominação material de lado e vivamos apenas de ideais? Não, mas a visão ideológica que deve ser endossada é justamente a que permite igualdade de direitos para que qualquer um possa deter domínio material próprio, que o torne o mais autônomo possível em relação a quem concentre mais recursos. Tal autonomia não deve significar isolamento ou uma espécie luddita de auto-suficiência, mas aquela que permita reciclar ou mudar a parceria econômica em função de um mercado competitivo, do interesse pessoal, do livre-arbítrio. Só tal sistema é que sustenta também a diversidade e maior autonomia de ideias.

Se não formos por aí, não entraremos nos eixos. A busca por ligações, porém minoritárias de Olavo de Carvalho é uma “obviedade estratégica” similar a do status quo. Sem uma busca e reafirmação moral, não nos diferenciaremos daqueles que já a jogaram no lixo. Se “um respeitoso ‘debate de ideias’ (…) só faz conferir dignidade intelectual a quem, no mais das vezes, não tem nenhuma”, o jogo amoral sem o debate de ideias só faz destituir a dignidade moral de quem, no mais das vezes, tem alguma. Simplesmente, nos torna todos indistinguíveis, impuros e comuns como gatos pardos na noite escura da amoralidade.

 

Blog: http://inter-ceptor.blogspot.com/

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